Desenvolvimento da linguagem escrita
Nas sociedades letradas, as crianças, desde os primeiros meses, estão em permanente
contato com a linguagem escrita. É por meio desse contato diversificado em seu ambiente
social que as crianças descobrem o aspecto funcional da comunicação escrita, desenvolvendo
interesse e curiosidade por essa linguagem. Diante do ambiente de letramento em que
vivem, as crianças podem fazer, a partir de dois ou três anos de idade, uma série de perguntas,
como “O que está escrito aqui?”, ou “O que isto quer dizer?”, indicando sua reflexão sobre
a função e o significado da escrita, ao perceberem que ela representa algo.
Sabe-se que para aprender a escrever a criança terá de lidar com dois processos de
aprendizagem paralelos: o da natureza do sistema de escrita da língua – o que a escrita
representa e como – e o das características da linguagem que se usa para escrever. A
aprendizagem da linguagem escrita está intrinsicamente associada ao contato com textos
diversos, para que as crianças possam construir sua capacidade de ler, e às práticas de
escrita, para que possam desenvolver a capacidade de escrever autonomamente.
A observação e a análise das produções escritas das crianças revelam que elas tomam
consciência, gradativamente, das características formais dessa linguagem. Constata-se, que,
desde muito pequenas, as crianças podem usar o lápis e o papel para imprimir marcas,
imitando a escrita dos mais velhos, assim como utilizam-se de livros, revistas, jornais, gibis,
rótulos etc. para “ler” o que está escrito. Não é raro observar-se crianças muito pequenas,
que têm contato com material escrito, folhear um livro e emitir sons e fazer gestos como se
estivessem lendo.
As crianças elaboram uma série de idéias e hipóteses provisórias antes de compreender
o sistema escrito em toda sua complexidade.
Sabe-se, também, que as hipóteses elaboradas pelas crianças em seu processo de
construção de conhecimento não são idênticas em uma mesma faixa etária, porque
dependem do grau de letramento de seu ambiente social, ou seja, da importância que tem
a escrita no meio em que vivem e das práticas sociais de leitura e escrita que podem
presenciar e participar.
No processo de construção dessa aprendizagem as crianças cometem “erros”. Os
erros, nessa perspectiva, não são vistos como faltas ou equívocos, eles são esperados, pois
se referem a um momento evolutivo no processo de aprendizagem das crianças. Eles têm
um importante papel no processo de ensino, porque informam o adulto sobre o modo
próprio de as crianças pensarem naquele momento. E escrever, mesmo com esses “erros”,
permite às crianças avançarem, uma vez que só escrevendo é possível enfrentar certas
contradições. Por exemplo, se algumas crianças pensam que não é possível escrever com
menos de três letras, e pensam, ao mesmo tempo, que para escrever “gato” é necessário
duas letras, estabelecendo uma equivalência com as duas sílabas da palavra gato, precisam
resolver essa contradição criando uma forma de grafar que acomode a contradição enquanto
ainda não é possível ultrapassá-la.
Fonte: RCNEI Vol. 3.
Apresentação Pedagogia 1A noite.
As alunas estão de parabéns, pelo empenho em organizar um ambiente rico para o seminário.
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Contação de histórias, atividades pedagógicas baseadas no RCNEI.
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